Primeiro vamos entender o que é um processo terapêutico!
Quando falamos em processo terapêutico surgem diversas
dúvidas. Não saber o que é um processo terapêutico, os tipos de terapia ou quando
buscar ajuda. E isso é muito comum e preocupante.
Durante muito tempo as terapias se mantiveram restritas
apenas a transtornos mentais já estabelecidos.
Hoje, com a evolução da ciência da psicologia, sabe-se que a
terapia impacta no autodesenvolvimento da pessoa, na qualidade de vida e não
apenas na resolução de problemas.
É importante saber que terapia pode ser empregada em
diversas situações de modo específico ou continuado.
Todos passamos por conflitos, incertezas, divergências
internas e somos afetados, nem que seja de modo leve, por pequenos conflitos
existenciais ou mesmo transtornos psicológicos.
Principalmente por que o mundo contemporâneo tornou ainda
mais complexas as relações de interpessoais e de trabalho. Tanto que não é à
toa que os casos de depressão aumentam de forma quase epidêmica. Japão teve
mais mortes por suicídio em outubro do que por Covid-19 em todo o ano
Eu li esse artigo na CNN Brasil!
E no G1 eu li:
34% dos que tiveram Covid-19 desenvolveram problemas
psicológicos, mostra estudo inglês
Não é só o corpo que sofre com o o vírus. Cada vez mais
infectados, mesmo entre os casos leves, relatam sintomas como depressão, pânico
e ansiedade, afirmam pesquisadores de Oxford.
E ainda falando de depressão, ela é uma das doenças que mais
incapacita as pessoas para o trabalho. E se não tratada a tempo, torna-se
crônica.
Portanto, a terapia hoje é algo que é recomendada para
praticamente todas as pessoas. Prevenir e tratar transtornos o mais cedo
possível podem evitar graves consequências na vida de todos nós.
O processo terapêutico pode ajudar as pessoas de diversas
maneiras. Quando se fala neste assunto, no entanto, muitos pensam somente no
tratamento da depressão ou da ansiedade. Esquecem-se da promoção da saúde
mental que acontece em todas as áreas da vida.
O médico identifica e trata as patologias físicas. Em
algumas ocasiões, é preciso acompanhar a evolução de doenças ou do tratamento
dentro de um determinado período.
O terapeuta, por outro lado, não faz somente o tratamento
objetivo de encontrar a causa do sofrimento do paciente. Ele os capacita para
que saibam lidar com os seus problemas e ainda estimula o autoconhecimento.
Todo mundo pode se beneficiar (e muito) ao buscar o processo
terapêutico embora a visão sobre buscar ajuda profissional tenha se modificado
muito no Brasil nos últimos anos, preconceitos e ideias equivocadas sobre o
trabalho dos psicoterapeutas e psicólogos ainda persistem.
O processo terapêutico ou psicoterapia é um acompanhamento
feito com um psicólogo ou terapeuta para tratar e fortalecer a saúde mental.
Embora muitos escolham iniciar um acompanhamento somente
quando suspeitam ter depressão ou alguma doença psicológica, é possível
procurar um psicoterapeuta visando outros objetivos.
Conflitos familiares, problemas no relacionamento,
insatisfação no trabalho e dúvidas sobre questões pessoais, como sexualidade ou
que caminho seguir, também são motivos válidos para abordar no processo
terapêutico.
Durante as consultas, o paciente recebe orientações e é
encorajado a refletir sobre o seu próprio comportamento.
O terapeuta não lhe dá as soluções de mãos beijadas, mas o
guia pela sua forma de pensar para encontrá-las. Esse exercício o leva a ter
uma percepção mais aguçada de seus pensamentos e sentimentos.
Então o que é o processo terapêutico?
O processo terapêutico consiste em desvendar conflitos que
causam sofrimento ao paciente. Ele faz com o que o paciente se entenda, se
escute, e tome consciência dos padrões de repetição e sintomas de seu
transtorno psicológico. Isso depende de um contrato consensual entre o paciente
e o terapeuta.
Através das práticas terapêuticas, tanto desejos
inconscientes, quanto experiências traumáticas são investigadas.
Tem por objetivo identificar o significado simbólico das
lembranças traumáticas e como isso resulta em sofrimento.
O tratamento também ajuda as pessoas a desenvolverem
atitudes e hábitos saudáveis e uma boa relação consigo mesmo.
Psicoterapia de Casal: quando o relacionamento precisa de
cuidado!
A paixão é um sentimento que promove frio na barriga e
brilho nos olhos ao se deparar com a pessoa amada. Tudo se torna mais leve
quando está na companhia de quem escolheu para compartilhar a vida. Mas, com o
passar das vivências é natural que o casal se sinta mais confortável para ser
quem de fato é.
Quando a rotina se torna presente nos relacionamentos, a
paixão dá espaço para um olhar crítico em relação às características e
comportamentos que antes não eram expressas e/ou percebidas. A relação pode
sofrer impactos importantes, e se não tomar cuidado, pode ocasionar o fim de
uma história de amor.
Para que exista uma relação saudável é preciso
compartilhamento de reflexões, respeito em relação às diferenças de
posicionamento e opinião. Porém, nem sempre essas reflexões são passiveis de
serem realizadas.
Mas de que forma a psicoterapia pode auxiliar? Vamos
entender mais sobre isso?
O que é Psicoterapia de Casal?
A Psicoterapia de casal é uma das possibilidades de atuação
clínica. As sessões ocorrem em um ambiente livre de exposições e interrupções
externas.
Os atendimentos são conduzidos por um (a) Psicólogo (a) ou
terapeuta com o objetivo de promover intervenções de forma ética, sigilosa, sem
julgamento moral, para que o casal conquiste as respostas desejadas para a
resolução das dificuldades enfrentadas na vida a dois.
Vale ressaltar que, para iniciar a psicoterapia de casal não
necessariamente os envolvidos precisam ser oficialmente casados. Entende-se
casal todos os relacionamentos, independentemente de uma união formal.
Com uma postura acolhedora e imparcial, o profissional tem
como função ser o intermediador do casal, ampliando as possibilidades de
diálogos saudáveis, promovendo reflexões, auxiliando na modificação de antigos
padrões de comportamentos que originaram os conflitos, enfatizando o respeito e
a reciprocidade frente o posicionamento de cada um.
As sessões acontecem semanalmente e possuem duração de 50
minutos, mas vale ressaltar que, a frequência semanal pode ser intensificada se
for acordada entre as partes esta necessidade. Quando as bases dos conflitos
são identificadas como intensas e enraizadas por anos, as sessões podem ocorrer
duas ou mais vezes durante a mesma semana.
Todos os encontros ocorrem no mesmo horário e no mesmo dia
da semana. Respeitar essas regras da psicoterapia é compreendido como o
primeiro exercício terapêutico, já que em grande maioria, os casais não possuem
tempo, hábito ou disposição para vivenciarem 50 minutos semanais para
conversar, refletir sobre os comportamentos e os sentimentos ocasionados pela
relação.
Alguns profissionais adotam a postura de realizar a primeira
sessão individual, para que possa entender o que está acontecendo no
relacionamento como um todo, conhecer a dinâmica psíquica de cada um, assim
como, as demandas individuais frente às dificuldades enfrentadas na relação.
Por exemplo, é comum observar que alguns comportamentos podem ser vistos como o
centro do problema inicial, mas para a outra parte, este mesmo comportamento
não justifica as crises do casal.
Dependendo da dinâmica do casal o profissional também poderá
solicitar sessões individuais ao longo da psicoterapia de casal. Por exemplo,
se uma das partes é dominadora e não dá abertura para a fala do parceiro (a), o
profissional poderá solicitar uma sessão individual enriquecendo a próxima
sessão do casal.
Assim como na psicoterapia individual, a psicoterapia de
casal demanda participação ativa, vale ressaltar que, o desejo da psicoterapia
tem que prevalecer para os dois. Os temas abordados durante a psicoterapia são
todos os que fazem referência a relação entre o casal, ou seja, todos os
assuntos podem ser citados, mas somente os que estão relacionados com a queixa
inicial serão cuidados.
Mais importante do que as sessões semanais, são as reflexões
do casal entre uma sessão e outra. É comum o (a) psicólogo (a) sugerir
atividades para serem realizadas ao longo da semana, esses exercícios podem
variar de acordo com a demanda do casal. Algumas atividades podem ser
realizadas em parceria, já outras, são sugeridas com o objetivo de reflexão individual.
É válido ressaltar que o profissional não possui o poder de
ditar o que cada um deve fazer, e sim, exercer a importância de reflexões entre
o casal. O terapeuta sempre será apenas o facilitador e o casal responsáveis
pelas escolhas e execução de mudanças de comportamentos.
Quando buscar a Psicoterapia de Casal?
As discordâncias e os conflitos podem acontecer com qualquer
casal, porém quando a frequência se intensifica, provocando desconforto,
desrespeito e a comunicação se torna complicada ou inviável é de extrema
importância cuidar da relação. Ou seja, quando o casal percebe que não está
mais sendo possível solucionar os conflitos a dois, é importante levar em
consideração iniciar o processo de psicoterapia.
Porém, a psicoterapia de casal também pode ser bem sucedida
quando realizada de forma preventiva, antes mesmo do início da crise entre o
casal. Realizar a psicoterapia de forma preventiva é promover autoconhecimento
e sabedoria para conviver com os possíveis conflitos diários do casal. A psicoterapia
como prevenção auxilia principalmente em evitar mágoas, ressentimentos,
sintomas futuros do casal e de todos envolvidos nesta dinâmica.
Como saber se está na hora de iniciar a Psicoterapia de
Casal?
Quando o casal se sente infeliz com o rumo da relação e
compreendem que há necessidade de mudanças, independente se essas mudanças
direcionam para o reencontro do amor, ou para o desejo de divórcio, é o momento
ideal para iniciar a psicoterapia.
Cada relação é um universo de possibilidades, de vivências e
de fantasias. Para cada casal, a necessidade de iniciar a psicoterapia pode ter
motivos diferentes, porém o objetivo das sessões sempre será a resolução dos
conflitos e a eliminação do sofrimento.
É importante destacar que psicoterapia de casal não é a solução
para a separação, principalmente se o casal buscou terapia após anos de
desconforto, mágoas e afastamento de vivencias. Mas quando a psicoterapia é
iniciada de forma preventiva, a relação pode ser “salva” antes mesmo de
pensarem na possibilidade do divórcio.
E superar término de um relacionamento com terapia, é possível? Claro que sim!
Não é fácil recolher os pedaços de uma vida a dois que
acabou. Tudo lembra a pessoa: a música tema do casal, os lugares que vocês
costumavam ir, o cheiro do perfume que a pessoa usava. A rotina muda
completamente: a série que vocês assistiam juntos, os almoços de domingo na
casa da família dele(a) e a dinâmica toda de uma vida compartilhada. Terminar
um namoro ou o fim do casamento nunca são processos simples.
Mas tudo passa e, mesmo que nesse momento você pense que o
sofrimento será eterno, saiba que não será, afinal, o tempo e o curso natural
da vida dão um jeito nisso. Mas não coloque toda a responsabilidade na vida,
pois o processo de cura depende de você. Saber lidar com o término de um
relacionamento é essencial para tirar desse momento todo o aprendizado
possível, e a psicoterapia pode te ajudar!
Como a ajuda psicoterapia auxilia no término de
relacionamento?
Assim como quando ficamos doentes e precisamos de um profissional
para ajudar a nos curar, assim o é com a mente e com o emocional. Muita gente
ainda carrega preconceito com a ajuda psicoterapêutica porque, para essas
pessoas, procurar ajuda é visto como sinal de fraqueza, e isso está longe de
ser verdade. A psicoterapia auxilia no desenvolvimento da inteligência
emocional, que é a base dos nossos relacionamentos com as outras pessoas, com o
nosso eu interior e com o mundo. Se não sabemos lidar com o mundo, como
evoluiremos?
Quando nos envolvemos com outra pessoa, o nosso eu se funde
com a essência do outro, e, quando nos afastamos e não convivemos mais com ele,
sentir-se perdido é normal. A psicoterapia ajuda a resgatar a essência e a
trabalhar na transformação pessoal. “Quem sou eu sem aquela pessoa que antes
era parte de mim?”
Sentir-se inteiro mesmo sozinho é uma das maiores lições que
a terapia vai tentar te ensinar. A verdade é que muita gente entra em um
relacionamento com o intuito de sentir-se completo, como se a felicidade
dependesse inteiramente do outro, e isso é um pensamento completamente está
errado. Precisamos nos sentir completos sozinhos para, então, nos sentirmos
completos também com uma outra pessoa.
Assim que um namoro ou um casamento termina, muita gente não
sabe mais quem é, pois, a pessoa passa tanto tempo dividindo gostos, hábitos e
passeios com o outro, que as personalidades se confundem.
È preciso dar um tempo para você mesmo respirar e também é
fundamental compreender quem é você sem o outro.
Uma das maiores armadilhas que alguém que terminou um
relacionamento pode cair é se entregar aos gatilhos, seja conscientemente ou
inconscientemente. Atender a ligação do(a) ex sempre que ele(a) ligar,
frequentar os mesmos lugares que ia quando eram um casal ou procurar um(a)
novo(a) parceiro(a) para preencher o vazio. Nada disso é saudável para quem
está com o coração partido.
Ter um ombro amigo é essencial, mas não é todo amigo ou
familiar que vai entender a sua dor verdadeiramente ou dar os conselhos
psicologicamente certos para você. Há quem pense que chorar demais não ajuda.
Outros, já incentivam o amigo que está sofrendo de amor a procurar um novo
parceiro para curar as feridas. Mas esses conselhos são baseados em quê? Os
amigos e familiares se baseiam nas próprias experiências para dar conselhos.
Por mais que o carinho e o apoio sejam maravilhosos, o conselho psicológico de
um profissional é aquele que vai te guiar para a direção certa sem causar danos
maiores ou até internalizar o trauma.
Além disso, o psicólogo não irá te julgar ou odiar a pessoa
que você tinha um relacionamento. Já os amigos e familiares que conviviam com o
casal, podem sentir ressentimento e mágoa, e conselhos tão emocionais assim só
fomentam sentimentos negativos. A fase do luto é normal e você deve se permitir
a chorar, sentir dor e saudades do(a) ex, mas os amigos podem julgar esses
sentimentos.
Terminar um relacionamento pode ser o fim do mundo para
muita gente, mas não precisa ser!
Com o profissional
adequado, todo o sofrimento será compreendido, direcionado e, aos poucos,
dissolvido em ensinamento e memórias.
Quem nunca ouviu que relacionamentos
exigem trabalho duro e que os desentendimentos fazem parte?
Entretanto, esse pensamento é bastante superficial e é capaz
de mascarar um
relacionamento tóxico, emocionalmente abusivo e realmente
fonte de sofrimento.
Se nesse momento você sente que seu relacionamento amoroso
não está te fazendo bem, procure ajuda de um profissional para te apoiar o
quanto antes. Enquanto
você não admitir que está em um relacionamento perigoso, seu parceiro
continuará a mentir, enganar, te humilhar, explorar você por dinheiro, abusar
emocional ou fisicamente de você.
Se o seu parceiro lhe causa dor crônica e não se
responsabiliza por isso, termine essa relação. Pense nisso com muita atenção.
para superar o término do namoro ou do casamento!
Invista no seu crescimento pessoal!
A mudança não será instantânea. Portanto, leve todo o tempo
que você passou tentando entender melhor seu parceiro tóxico, ou para consertar
o relacionamento defeituoso, e invista em si mesma.
Quando eu falo investir no crescimento pessoal, eu quero
dizer colocar dinheiro no seu crescimento como ser humano. Pois existem pessoas
que estão com a vida toda ferrada e ficam sugando tudo que tem gratuito na
internet a espera de um milagre do Universo! Essas pessoas nada mais são que
vampiros energéticos que nunca sairão do mesmo lugar.
E a linguagem do Universo é outra! A energia do Universo se
chama energia de troca
Fazer terapia é fundamental tanto para entender como aquela
dinâmica tóxica se criou bem como para que você se perdoe por ter aguentando
tanto em um relacionamento, e sobretudo que, não se culpe pelo seu
passado.
Todos nós sabemos que o amor é uma coisa boa, porém o amor
próprio é melhor ainda
Eliana Fagundes
Psicoterapeuta Quântica
17 99149-8507